Sinais de Alerta para EII Passam por Atualização: Novo Olhar para um Diagnóstico Mais Ágil

Os Erros Inatos da Imunidade (EII) formam um grupo complexo e heterogêneo de doenças que afetam diretamente a função do sistema imunológico. Diante da evolução do conhecimento científico e da ampliação do número de doenças identificadas, a ASBAI atualizou os 10 sinais de alerta, agora organizados de forma unificada para todas as faixas etárias.

Essa mudança visa facilitar o diagnóstico precoce e ampliar a vigilância, principalmente entre pediatras, clínicos gerais e outros profissionais de saúde da atenção primária.

Por que os Sinais Foram Atualizados?

Anteriormente divididos entre sinais para adultos e para crianças, os critérios agora foram consolidados em uma única lista, com foco nas manifestações clínicas mais comuns e relevantes para diferentes perfis de pacientes. Isso reflete o avanço no entendimento dos EII e reconhece que essas doenças não são exclusivas da infância — podendo surgir na adolescência, fase adulta ou até em idosos.

Os 10 Novos Sinais de Alerta para EII

1. História familiar de EII ou consanguinidade;

2. Infecções frequentes, prolongadas ou causadas por microrganismos incomuns;

3. Diarreia crônica de início precoce;

4. Quadros alérgicos graves;

5. Reações adversas incomuns a vacinas atenuadas (como BCG, febre amarela, rotavírus);

6. Características sindrômicas associadas;

7. Déficit de crescimento;

8. Febre recorrente ou persistente sem causa definida;

9. Manifestações precoces ou múltiplas de autoimunidade, como citopenias ou endocrinopatias;

10. Casos de câncer precoce, incomum ou recorrente.

Evolução Histórica e Conceitual

Desde 1993, quando os primeiros sinais foram estabelecidos, houve grande avanço no reconhecimento dessas doenças. O termo “imunodeficiência primária” foi substituído por Erros Inatos da Imunidade, refletindo o fato de que nem todos os casos se apresentam apenas com infecções — muitas vezes, o quadro clínico envolve autoimunidade, alergias graves e até manifestações malignas.

Atualmente, 485 doenças fazem parte da classificação oficial dos EII, e esse número tende a crescer com os avanços da genética e da imunologia.

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